sábado, 17 de março de 2012

Me consultando com o Sigmund Freud...



─ Senhor Sigmund Freud, vim aqui, pois tenho um problema... (risos). Imagino que as pessoas não venham lhe procurar por outro motivo não é... Enfim, tenho Hiperidrose...

Sigmund Freud ─ [...] Quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir, se convence que os mortais não podem ocultar nenhum segredo. Aquele que não fala com os lábios, fala com as pontas dos dedos: nós nos traímos por todos os poros [...]

─ O que você quer dizer com isso Freud?

Sigmund Freud ─ [...] Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais; somos também, o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos... “sem querer” [...]

─ Você quer dizer que meu sintoma... É algo mais que suor?

Sigmund Freud ─  [...] Volte seus olhos para dentro, contemple suas próprias profundezas, aprenda primeiro a conhecer-se!Então, compreenderá por que está destinado a ficar doente e, talvez, evite adoecer no futuro [...]

─ Mas como?

Sigmund Freud ─ [...] setenta anos ensinaram-me a aceitar a vida com serena humildade [...]. Não, eu não sou pessimista, não enquanto tiver meus filhos, minha mulher e minhas flores! Não sou infeliz – ao menos não mais infeliz que os outros [...]

─ Isso é alguma metáfora? Desculpe, mas não estou conseguindo perceber...Minha santa Cassilda, aonde isto me levará?

Sigmund Freud ─ [...] Somos feitos de carne mais temos que viver como se fôssemos de ferro [...]

─ Vim aqui atrás de respostas, mas você está dando um nó em minha mente...

Sigmund Freud ─ [...] Quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda [...]

─ Mudar? Eu queria apenas me livrar deste sintoma...

Sigmund Freud ─ [...] A maioria das pessoas não quer realmente a liberdade, pois liberdade envolve responsabilidade, e a maioria das pessoas tem medo de responsabilidade [...]

─ Eu não agüento mais...

Sigmund Freud ─ [...] Um dia, quando olhares para trás, verás que os dias mais belos foram aqueles em que lutaste [...]

─ Tudo bem... Mas será que pode ser um pouco mais claro... Compreendo que seu intuito é me levar a refletir... Mas... Pode ser um pouco mais objetivo? Minha mão já está escorrendo...

Sigmund Freud ─ [...] Seriamos melhores, se não fossemos tão bons [...] Se eu pudesse te dizer, aquilo que nunca te direi. Tu poderias entender... Aquilo que nem eu sei [...]

─ Quê???...Ain, pra mim já deu... Passar bem senhor Freud...

Algum tempo depois:

─ Velho maldito, paguei uma fortuna pra isso... Pra nada...

Alguns dias depois:

─ Porque ele disse aquilo??? Será que...

Alguns meses depois:

─ (apenas silêncio)...

Um insight depois:

─ Acho que ele...estava certo...


Desculpem-me mas eu não posso fazer este insight (capacidade de entender verdades escondidas...) por ninguém...Espero sinceramente que vocês compreendam a mensagem...Na dúvida Freud explica.

sábado, 10 de março de 2012

Curitiba 40 graus


Há algumas semanas, os Curitibanos estão vivenciando uma situação atípica: o calor. O clima Curitibano nunca foi o mais estável, isso é fato, até então a Capital era conhecida por apresentar as " quatro estações do ano em um único dia", mas a temperatura atual aproximando-se dos 40°, sendo comparada inclusive ao clima de Salvador, fala sério, já não estamos aguentando mais. Ainda se tivesse uma prainha, mas nessa selva de pedras fica difícil. Esta semana alguém me contou uma piada que traduz a dimensão do que estamos sentindo: "Está tão quente, tão quente, que até o ventilador está pedindo para ser abanado". Mas porque será que estou falando tudo isso né??? Simplesmente porque esta semana pensei que fosse derreter igual um cubo de gelo, para quem tem Hiperidrose, calor não é apenas calor, é quase uma sessão de tortura, é como se a maquininha do suor fosse ligada no máximo...Ai. Não existem palavras que descrevam a sensação da roupa grudando no suor, as mãos geladas e super molhadas, o rosto brilhando com as gotículas de transpiração, basta dizer que é uma sensação bastante desagradável...Comum nestes dias de calor, mas inevitavelmente insuportável. Enfim, o jeito é aproveitar, da forma menos traumática, este momento deserto do Saara...Vou tomar um sorvete.